Friday, January 21, 2005

Comunicação Social

Era a segunda semana de Setembro, depois de um mês na África do Sul, longe dos meus pais, com uma grande ressaca que teimava em permanecer no meu organismo durante cerca de uma semana e com mais propostas de compra de drogas que o Maradona, encontrei - me sentado em frente ao meu computador, isto um domingo de manhã, procurando no site do acesso ao ensino superior a minha colocação. Depois de muitas horas ponderadas em frente ao Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, tinha escolhido (por fim) candidatar-me a Comunicação Social, talvez por vocação, talvez por pura imprudência... Não era bem o que eu queria. Eu queria, e quero estar ligado ao Cinema, tanto na área de realização como de produção, embora eu tenha muito gosto pela área do cinema animado. Tinha por ironia candidatado e sido admitido na UCLA, prestigiada faculdade de Los Angeles, onde tinham obtido com mérito absoluto grandes nomes como Spielberg e Francis Ford Coppola. Eu não sou uma pessoa com grandes economias, embora nunca me tenha faltado um prato de comida à mesa. Tive sempre limites, por isso os altos valores de propinas pedido por ano poderiam ter sido superados com algum esforço dos meus pais, que sendo de longe os melhores pais do mundo, iriam entender a minha escolha. Porém, o grande obstáculo era meu, interior. Eu sou muito ligado a eles, amo-os muito e não conseguiria viver sem eles, por isso adiei o meu futuro. Há coisas que acontecem em nossas vidas que parecem ter mesmo que acontecer, e teve o destino planeado que no preciso momento em que acedi ao site do ensino superior seria uma declaração de separação novamente dos meus pais. Tinha esperanças de ficar a estudar na Madeira, perto dos meus pais, amigos e demais queridos, pior que isso era saber que tinha entrado para um politecnico. Comecei a sentir-me inferior. As praxes foram horriveis, chorei, sim... admito, cresci em ódio e posteriormente em amor. Quando começaram as aulas, aos poucos fui conhecendo os meus colegas. Conheci o Bruno Garrido, amigo espero que fiel, maduro e brincalhão. O Fábio muito parecido psicologicamente com um amigo meu na Madeira, o Renato, com quem deixei de falar. O Fábio tem fases, por vezes é uma pessoa atenciosa e respeitadora, por outras, nem posso vê-lo. Têm o grande defeito de não pensar antes de falar. Conheci, igualmente o Carlos, amigão, espectáculo de pessoa, com bom coração e completo oposto comportamental do Fábio. Em termos de raparigas, conheci as "trigémeas" Ticiana, Inês e Patrízia, tão diferentes entre si como os 4 mosqueteiros. Contudo, uma rapariga tocou-me muito, por ser provavelmente a pessoa mais centrada e madura que já conheci - a Mara. Desde que cheguei a Coimbra fui bem aceite, especialmente por ela, daí considerá-la uma maninha espectacular e querida, por quem era capaz de partir caras se alguem a fizesse chorar. Conheci também a menina de Oiã, a Sandrinha, de quem gosto muito e que não estou apenas a elogiar para ser convidado à sua festa de aniversário! Também a Marta que é uma pessoa que dá para bater um papo sem fazer figuras parvas! Para acabar, conheci a Ricardina, que em meu ver é a rapariga mais gira da turma. Ela é por vezes engraçada, marca muitos pontos no Basketball (quando joga na minha equipa) e tem bom gosto, basta ver o ursinho cor de rosa que costuma trazer para a aula! Peço desculpa se não mencionei mais alguem, talvez por já estar a escrever demais, ou porque não vos conheço como deve ser, espero puder corrigi-lo no futuro. Para finalizar o meu prefácio, deixo um pedido, por favor não mudem, sejam sempre assim, porque tem-me ajudado muito a superar a distância para a Madeira. Obrigado a todos! Adoro-vos!!

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