Wednesday, April 11, 2007

Jornalismo Binário

Já lá vai muito tempo desde o longínquo ano de 1993, ano esse, que assinalou o registo do primeiro domínio em Portugal, mais precisamente o da RTP.
14 anos depois, e com a integração on-line de praticamente todos os meios de difusão em massa em termos nacionais e, tão exponencialmente, em termos globais, é legitimo falarmos de uma sociedade ligada, na sua quase totalidade, por uma rede expansiva regida por um código binário aparentemente simplista.
Em meu ver, o frenético avanço tecnológico a que estamos sujeitos como membros de uma comunidade cada vez mais comodista e insaciavelmente progressista, leva a que o ciberjornalismo seja apenas mais um pequeno (grande) passo para o homem, que, convenientemente aproveitou a introdução da nova superpotência mediática que é a Internet para alargar os seus horizontes.
À parte de qualquer manipulação comunicativa ou jogo de interesses, vejo a prática do ciberjornalismo como um auxílio precioso para qualquer cidadão que necessite de um resultado de ultima hora do tão esperada mundial de cricket, de um esclarecimento supersónico sobre o aborto ou a simples necessidade de gastar uns segundos do seu tempo a comparar manchetes dos tão heterogéneos (?) títulos de imprensa que encontramos em suporte digital.
A maior vantagem deste sistema é a actualização quase espontânea de dados, quebrando com qualquer dependência horária que os noticiários televisivos e radiofónicos tanto nos limitaram. Em termos da imprensa, só é lançado na edição da manhã seguinte notícias editadas até certa hora do dia anterior. Sabendo que países mediáticos como os Estados Unidos ou o Iraque têm fusos horários muito diferentes dos nossos, vemos então quanta informação fica em standby…
De certa forma, considero-me um homem das cavernas. Ainda acredito que um Homem trabalha melhor na arcaica folha de papel e ainda entendo o valor de um lápis e a selectividade de uma caneta, todavia, compreendo que tudo muda e que no final de tudo, nada sei. O ciberjornalismo é uma ramificação do que já existia, um descendente dos outros media, não tenta substituir, mas renovar, e é ao inovar que encontramos a essência de um médium que veio para ficar, lado a lado com os outros e complementando-se mutuamente.

2 comments:

Sunshine said...

Haja blogs e pessoas com talento! :)

Sérgio Abreu said...

O homen escreve é que se farta! haha