Friday, March 10, 2006

Fusão não entendida

Há muito que desisti dos preconceitos. Desde o momento em que a probabilidade de eu ver um filme que realmente me satisfazesse atingiu a escala de 1 em cada 10, que resolvi confiar apenas na minha própria análise. A crise hollywoodiana chegou ao ponto de copiar, cada vez mais rascamente, grandes sucessos do passado. A ideia de que o cinema está a progredir em termos de qualidade apenas me faz sorrir de uma forma sarcástica e diabólica. Hoje, e quando questionados sobre que filmes que mais apreciam, sinto-me cada vez mais suicida. O facto de ninguém apreciar cinema de análise faz com que deseje que me caia um piano em cima, quebrando todos os pequenos elos de ligação corporais a que chamam de ossos. Desejo aniquilar a base financeira mundial como em Fight Club. Quero liquidar a totalidade dos adeptos do Manchester United no seu próprio recinto. Quero vender sabão a mulheres ricas, confiadas e snobistas feito das suas próprias gorduras retiradas por lipexpiração. Quero revolucionar o sistema mas não mo deixam. Críticos teimam em subestimar-me, deixando-me apodrecer. Tenho blackouts constantes causados por borboletas, cancros inexistentes e códigos indecifráveis. Um dia passa lentamente após o outro. A guerra dos mundos não chega. Esperava, espero e esperarei. A odisseia já não será no espaço, mas sim num cubo claustrofóbico a que chamamos mente.

1 comment:

Sunshine said...

Não desistas dos teus sonhos... das tuas ambições... precisamos de artistas com a coragem de tentar algo de novo, com perspectivas novas.
Acredito em ti... força!